Alívio no “teste de stress”: Vai ser mais fácil pedir crédito habitação

O Banco de Portugal vai reduzir para metade o "teste de stress" no crédito já em outubro. O alívio dá maior margem para quem quer comprar casa.

A partir deste mês de outubro, o acesso ao crédito por parte das famílias vai tornar-se mais fácil. Em causa está a medida proposta pelo Banco de Portugal que reduz para metade a taxa de esforço stressada, utilizada nos créditos à habitação associados às taxas Euribor, que entra agora em vigor.

A medida traduz-se num alívio de 50% da taxa de esforço que é aplicada sobre a taxa de juro dos empréstimos à habitação. Até aqui, os bancos simulavam um cenário de stress aplicando um acréscimo de 3 pontos percentuais à taxa de juro contratualizada no crédito à habitação, para garantir a capacidade do titular de pagar as prestações, no caso de um aumento das taxas de juro. Essa “pressão” vai passar para 1,5 pontos percentuais, no caso dos empréstimos a mais de 10 anos, 0,5 pontos percentuais para novas operações com maturidade inferior ou igual a cinco anos e 1 ponto percentual para contratos com prazos entre cinco e 10 anos.

Assim, se está a pensar comprar casa, este alívio nas regras do Banco de Portugal vai aumentar a possibilidade de ter “luz verde” para o seu crédito habitação.

 

O que é o “teste de stress”?

O “teste de stress” é um mecanismo usado pelas instituições financeiras para avaliar a capacidade de pagamento dos seus clientes num cenário em que a taxa de juro suba de forma expressiva. Como? À taxa de juro contratada, até então, era somado 3% para se verificar se os clientes teriam capacidade para continuar a pagar o crédito, calculada a nova prestação.

Após este cálculo, a taxa de esforço – peso que a prestação do crédito tem no rendimento da família – dos clientes não pode ultrapassar os 50%.

Agora, perante o cenário de taxas de juro altas, com a implementação da medida do Banco de Portugal, ao reduzir de 3% para 1,5% o “teste de stress”, mais empréstimos vão conseguir passar neste teste, tornando mais fácil para as famílias acederem ao crédito para comprar casa.

 

Vamos a um exemplo?

Um casal, com um rendimento líquido total de 2.700 euros por mês, quer contrair um empréstimo de 200 mil euros para comprar casa.

Considerando um crédito habitação a 30 anos, com spread de 1%, indexado à Euribor a 12 meses, a taxa de esforço deste casal seria de 55% no “teste de stress” realizado pelo banco. Este valor é apurado tendo em conta as regras que implicavam um acréscimo de 3 pontos percentuais ao valor do indexante. Isto quer dizer que ficaria impedido de contrair o empréstimo, uma vez que a sua taxa de esforço ultrapassa o limite de 50%.

Com a alteração de regras que entra agora em vigor, ao reduzir o acréscimo ao indexante para metade (1,5%), a taxa de esforço deste casal diminui para 43%, tornando viável o seu pedido de crédito habitação.

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